Experiências, ideias, dificuldades...Ah, sem delongas, vai lá ver!
O que você sente?
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" No final de outubro completei sete anos que conheci o Parkour, não acredito que pratico o Parkour a todo esse tempo, pois, como costumo "classificar", tive algumas fases, ou melhor, jeitos de enxergar o Parkour.
Logo de início o Parkour era apenas uma atividade física, mas tudo não passava de uma época, de uma modinha que estava levando várias pessoas para o Parkour e eu era mais um na multidão. Preocupado em fazer "as manobras", tentando aperfeiçoá-las para deixar mais bonitas e assim ganhar views em algum vídeo louco no youtube.
Depois de um tempo fui percebendo que tudo aquilo que eu tava fazendo não tinha muito sentido e o Parkour de verdade tinha algo a mais, algo que me acompanharia por mais tempo. Assisti o documentário projeto pilgrimage e assim comecei a entender um pouco mais o parkour. Já não treinava para parecer bonito ou para me amostrar, mas agora eu tinha um foco no controle do meu corpo. Não me preocupava com adrenalina, ou com coisas aparentemente difíceis , queria apenas ter o controle do meu corpo. Isso guiou meus treinos por muito tempo. Apesar de conhecer as frases "bases" do Parkour: -"ser forte para ser útil" e "ser e durar", não aplicava isso na minha vida e odiava fazer treinos físicos e não os considerava parte do Parkour.
Depois de começar a treinar com o Duddu, o Edi, o Pop e mais alguns comecei a valorizar o "ser forte". De início, talvez, não por entender a fundo a necessidade disso para o Parkour, mas porque era necessário para que eu não fosse humilhado (rsrsrs) o tempo todo sendo chamado de fraco e por não finalizar os desafios idiotas e imbecis propostos pelos mesmos. Depois, passei a ter gosto por condicionamentos físicos, comecei a perceber que eu poderia ser mais útil e ter uma técnica e um controle muito mais desenvolvido se eu os misturasse com a força adquirida nos condicionamentos físicos.
Um treino de condicionamento físico é tão Parkour quanto um treino de técnicas, essa é a conclusão que cheguei após ler o livro de David Belle. Hoje a "fase" que me encontro do Parkour não se resume em ser forte para ser útil, pois acredito muito ainda no "ter controle do corpo e dominar as técnicas", mas se tivesse que expressar a minha ideia de Parkour em uma frase, com certeza seria essa. O Parkour simplesmente envolveu minha vida em todos os aspectos e as filosofias envolvidas têm guiado a forma como penso e como me comporto diante da sociedade. "
Depoimento - Bruno Reis